Membro da Backlit Gallery
Alfred House, Ashley Street, Sneinton
Nottingham NG3 1JG
Márcia Porto opera no campo simbólico, criando espaços de contemplação onde as intersecções de gênero, identidade, colapso ambiental, vulnerabilidade e movimento se desdobram em gestos silenciosos mas potentes. Possui mestrado em Poéticas Visuais pela Unicamp, Campinas (2008) e bacharelado em Artes Visuais pela Unicamp, Campinas (1987). Porto vive e trabalha em Nottingham, Reino Unido.
STATEMENT
Sou uma artista, educadora e pesquisadora brasileira, residente em Nottingham, Reino Unido. Minha prática interdisciplinar abrange desenho, mural, performance, pintura e instalação, onde utilizo o desenho e a performance como rituais diários de exploração. Meu trabalho investiga a relação intrincada entre o corpo e os espaços natural e humanizado, enfatizando experiências corporais, corporeidade e políticas espaciais.
O corpo, o espaço natural e o espaço humanizado também criam códigos de significação para a experiência sensível e emocional da dor, seja ela física ou através dos processos de desidentificação e exploracão ambiental num contexto social e político. Esta investigação engloba os estados mentais vulneráveis daí resultantes, que podem entorpecer a reflexão. A minha abordagem começa por reconhecer a dor como um campo simbólico de “processos de cura” coletivos e individuais, e a sua complexa subjetividade - não para ser consumida pelo seu efeito paralisante ou pela procura de analgesia metafórica, mas sim para transformá-la e ativá-la num exercício diário de afirmação da coexistência como empoderamento.
Como artista do Brasil, um país marcado pela violência sistêmica contra as mulheres, minha prática é profundamente comprometida em amplificar as vozes das mulheres como lugares de empoderamento e resiliência. O eixo central da minha pesquisa é explorar os itinerários traçados por mulheres nômades, cujo nomadismo funciona tanto como uma metáfora quanto uma estratégia contra identidades homogenizadas.
Através da minha prática, procuro criar espaços de contemplação onde as intersecções de gênero, identidade, colapso ambiental, vulnerabilidade e movimento se desdobram em gestos silenciosos mas potentes.
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